Irão anuncia que vai deixar de cumprir o acordo nuclear alcançado em 2015
Written by Crioula fm on 05/01/2020
País também já não vai cumprir os limites estabelecidos ao enriquecimento de urânio.

OIrão anunciou, este domingo, através da televisão estatal, que vai deixar de cumprir o acordo nuclear alcançado em 2015, avança a Associated Press. O país também já não vai cumprir os limites estabelecidos ao enriquecimento de urânio, acrescenta a Reuters.
Também hoje, o parlamento do Iraque votou favoravelmente à expulsão dos militares norte-americanos do país. Esta resolução, de acordo com a Associated Press, quer colocar um ponto final no acordo com Washington, que levou tropas norte-americanas ao Iraque para ajudar a combater o Estado Islâmico.
A votação, que ocorreu este domingo, teve lugar dois dias depois de uma ofensiva dos Estados Unidos que levou à morte do general iraniano Qassem Soleimani, em solo iraquiano. Este acontecimento levou à escalada da tensão no Médio Oriente.
Recorde-se que Donald Trump já advertiu Teerão que os Estados Unidos identificaram 52 locais no Irão e que os atacarão “muito rapidamente e duramente” se a República Islâmica atacar pessoal ou alvos americanos.
Alguns desses locais iranianos “são de muito alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana”, precisou Donald Trump numa mensagem da sua conta da rede social Twitter.
O Plano Conjunto de Ação (ou Joint Comprehensive Plan of Action – JCPOA -, em inglês) é um acordo firmado a 14 de julho de 2015 em Viena pelo Irão e pelos países com assento no Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, e que visa restringir a capacidade do Irão desenvolver armas nucleares.
O comandante da força de elite iraniana Al-Quds, Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira num ataque aéreo no aeroporto internacional de Bagdade que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O ataque provocou uma escalada de tensão na região com o Irão a garantir que o país e “outras nações livres da região” vão vingar-se dos Estados Unidos.